#9. Capitalismo, Fordismo, Taylorismo e Toyotismo
- Eliel Cardoso Alves
- 17 de jun. de 2017
- 5 min de leitura
Origem do Capitalismo
O capitalismo, como o próprio nome diz, significa a cumulação de capital por meio de empresas privadas, podendo ser elas através da indústria, do comércio ou de serviços.
Porém, surge uma questão central: Qual a origem do Capitalismo?
O capitalismo surgiu do Feudalismo, que existia na Europa nos séculos V e XV, durante a Idade Média. Naquela época, o Feudalismo era mais centrado no trabalho agrícola, o qual haviam proprietários de terra, e esses proprietários tinham seus trabalhadores, os servos, que eram obrigados a trabalhar para eles para obter uma parte de suas terras. O trabalho que mais se desenvolvia no Feudalismo era o artesanato, porém esse foi substituído pela manufatura (Mão-de-obra).
Até então tudo estava ocorrendo normalmente até que a partir do século XI ocorreram muitas transformações urbanas e organizacionais de produção. Os senhores feudais estavam perdendo seus valores e as monarquias absolutistas estavam em ascensão, e os poderes da sociedade estavam nas mãos dos reis.
O capitalismo estava começando a aparecer, com a ajuda da burguesia. Muitas alterações socioeconômicas estavam em alta, como um novo modo de produção comercial e industrial. Ficou conhecido como o “Renascimento Urbano”. Também houve alteração no sistema de trocas, o que antes era obtido através de terras agora é obtido através de moedas. Houve progresso no transporte urbano e alta exploração de minas de ferro.
Havia um alto desenvolvimento da burguesia, foi a partir daí que então, surgiu o “Capitalismo”. Os espaços geográficos urbanos estavam crescendo demais, as cidades começaram a desenvolver deixando de lado o poder dos senhores feudais.
Como funciona o Capitalismo?
Como já foi dito, o capitalismo é a cumulação de capital, que hoje é a moeda. Porém, quais são suas principais características?
As principais características do capitalismo são: Todo trabalhador tem direito a salário por seu esforço no trabalho; Todos os tipos de negociações são feitos com moeda e dinheiro; Toda mercadoria é para a venda, tendo como objetivo o lucro.
O capitalismo é dividido em fases, sendo estes o Capitalismo Comercial ou Mercantil, Capitalismo Industrial e Capitalismo Financeiro.
Capitalismo Comercial ou Mercantil
No começo do capitalismo, muitos comerciantes financiavam com transportes marítimos, o que facilitou muito que os produtos pudessem ser comercializados externamente. Por volta dos séculos XV e XVIII, com a decorrência dos transportes marítimos foram descobertas novas terras, o que possibilitou o comércio internacional entre os continentes americano, europeu, africano e asiático. Os países que eram potências na época (Inglaterra, Espanha, Portugal e Holanda) obtiveram grande sucesso com comércio marítimo, pois era utilizado para a exploração de recursos naturais; como o minério, o ferro, o algodão; comercialização de manufaturas; o comércio escravo e produtos agrícolas.
Capitalismo Industrial
O capitalismo se concentrou fortemente na Europa durante o século XVIII, pois estava ocorrendo a Revolução Industrial na Inglaterra. A Revolução Industrial foi possível pelo fato de a Inglaterra estar investindo muito com o mercantilismo marítimo, e foi a partir desse comércio que o país começou a investir em técnicas de produção e tecnologia.
Os capitalistas começaram a implantar máquinas de produção em suas empresas, que substituiu a manufatura pela maquinofatura. As empresas possuem os dententores de capital, aquele que é dono de toda a empresa, e os proletariados, aqueles que trabalham para o dono. As mercadorias produzidas vão para o mercado consumidor, que vende para obter o lucro.
No capitalismo comercial, a burguesia mantinha uma relação com o estado. Já no capitalismo industrial, a ideia principal era de que o estado não deveria intervir na economia. A separação entre os bens produtivos do capitalismo e o estado ficou conhecido como liberalismo.
Capitalismo Financeiro ou Monopolista
O capitalismo financeiro é o capitalismo que vivencia-se atualmente no território brasileiro e em outros países. Porém, sua origem começou no final do século XIX, quando o ritmo de produção de produtos para a venda começou a exigir a diversificação de investimentos. E, a partir daí os capitais bancários passaram a controlar e dominar a economia do país.
Pensadores do capitalismo
Karl Marx

Para Marx, o capitalismo torna o homem um ser alienado, pois não se reconhece em seu trabalho, perde sua identidade. O trabalhador não sabe qual será o fim do produto em que esteve trabalhando especificamente apenas em uma parte do processo. Marx também salienta que o homem trabalhador é alienado religiosamente, pois a religião faz com que o homem acredite que Deus (Ser superior dito pela igreja) colocou a desigualdade na sociedade, o que dificulta a sabedoria do homem na sociedade.
Porém, Marx também disse que o homem tem a capacidade de entender o que se passa na sociedade, e a partir daí iniciar uma revolução contra o capitalismo, para o mesmo garantir seus direitos.
Émile Durkheim
Para Durkheim, com tecnologia a sociedade é perfeita, porém tem lá seus problemas, que poderiam ser curados como se fossem “doenças”.
Durkheim disse que para que não haja conflitos sociais, a sociedade necessita da Ciência Social mais do que as Ciências Naturais, para que o cidadão pudesse compreender a ordem e as leis que regem a sociedade.
Max Weber

Segundo Weber, no capitalismo o homem tem a capacidade de racionalização científíca, contábil, jurídica e social, por exemplo, um estudante de Direito não precisa, hoje, procurar em uma pilha de livros intermináveis, um livro a que procura, ele simplesmente faz sua pesquisa na internet. É desse modo e outros que possibilitam a racionalização ou conhecimento dos cidadãos, segundo Weber.
Gostou do assunto sobre o capitalismo? Então responda em nosso blog: Para você, após ver a tirinha, existe liberdade no sistema capitalista?

Fordismo

O fordismo foi criado pelo norte-americano Henry Ford, com o objetivo de produção em série.
Henry Ford queria construir algo que pudesse baratear os custos em sociedade capitalista, e para isso ele criou o fordismo, que trabalhava usando esteiras rolantes que permaneciam no interior das fábricas. Assim sendo, enquanto a esteira rolante fazia seu trabalho de andar pela fábrica os trabalhadores tinham o objetivo de trabalhar em cada etapa do produto a ser realizado. Um benefício desse sistema de produção seria a alta rapidez na produção em massa.
O fordismo, durante o século XX, foi o sistema de produção que mais se desenvolveu.
Taylorismo

O taylorismo é uma organização industrial que atua nas empresas cujo o objetivo é a organização da indústria. E foi criado pelo economista norte-americano Frederick Taylor, no final do século XIX.
O principal objetivo do taylorismo é organizar as tarefas dentro de uma indústria para que a mesma consiga obter rendimento e investimento em pouco tempo.
Também tinha como objetivo a especialização do trabalhador; métodos para diminuir problemas de saúde dos trabalhadores; melhorias nas condições no ambiente de trabalho.
Toyotismo

O toyotismo é um modelo de produção industrial utilizado atualmente pelo sistema capitalismo de produção. Foi criado pelo japonês Eiji Toyoda, e foi idealizado pelo mundo por volta de 1970, após a aplicação pela empresa Toyota, de automóveis.
O toyotismo tem como objetivo a acumulação flexível, ou seja, quando um produto é o mais procurado pela sociedade, a produção desse será maior, e quando o produto não é tão procurado sua produção é menor. Portanto, o toyotismo cria uma proporcionalidade entre a produção e os bens de consumo.
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